Terapia, Fonoaudiologia e os Meios para Descobrir o Distúrbio
Elis Medeiros compartilha que a jornada para descobrir o Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC) de seu filho Miguel Ângelo foi longa e desafiadora. Desde os primeiros sinais de dificuldade de comunicação e compreensão auditiva, Elis buscou a ajuda de diversos profissionais de saúde, incluindo pediatras, psicólogos e, principalmente, fonoaudiólogos. A fonoaudiologia foi um campo essencial nessa trajetória, proporcionando métodos que ajudaram a esclarecer as dificuldades específicas de Miguel.
O processo de diagnóstico envolveu uma série de avaliações auditivas e de processamento, conduzidas por especialistas em fonoaudiologia. Esses testes foram importantes para identificar as áreas específicas em que Miguel enfrentava dificuldades. Elis descreve que a paciência e a persistência foram fundamentais, já que o diagnóstico de DPAC muitas vezes é complexo e requer uma avaliação minuciosa das capacidades auditivas e cognitivas da criança.
Após o diagnóstico, as sessões de terapia fonoaudiológica se tornaram parte integrante da rotina de Miguel. Elis ressalta a importância dessas sessões, que não só ajudaram a melhorar a capacidade de processamento auditivo de Miguel, mas também contribuíram para o seu desenvolvimento geral, incluindo a fala e a compreensão. A fonoaudióloga de Miguel trabalhou em estreita colaboração com a família, fornecendo orientações e exercícios que poderiam ser realizados em casa, complementando o trabalho feito durante as sessões terapêuticas.
A Comunidade e Grupos de Apoio
Além do suporte profissional, Elis enfatiza a importância da comunidade e dos grupos de apoio para mães de crianças atípicas. Ela relata que, após o diagnóstico de Miguel, encontrou um grande alívio e encorajamento ao participar de grupos de apoio, onde pode compartilhar experiências e aprender com outras mães que enfrentam desafios semelhantes. Esses grupos oferecem um espaço seguro para discutir preocupações, trocar dicas e estratégias, e principalmente, encontrar solidariedade e compreensão.
Elis destaca que a sensação de pertencimento e apoio encontrada nesses grupos foi essencial para sua jornada. O compartilhamento de histórias e experiências ajudou-a a sentir-se menos isolada e mais confiante em suas capacidades como mãe. Além disso, os grupos de apoio muitas vezes organizam palestras, workshops e outras atividades educativas que fornecem informações valiosas sobre como lidar com as diferentes necessidades das crianças atípicas.
A Filosofia "Bem Me Quero"
Um dos pilares fundamentais que ajudaram Elis a entender pelos desafios da maternidade atípica foi a criação e implementação da filosofia "Bem Me Quero". Essa filosofia, que ela mesma desenvolveu junto com sua irmã Rosângela Medeiros, é centrada em princípios-chave: Deus, família, saúde e a pessoa no centro de sua vida. Elis acredita firmemente que o bem-estar da mãe é importante para o bem-estar de toda a família, e essa crença orienta todas as suas ações e decisões.
A filosofia "Bem Me Quero" inclui práticas e atitudes que ajudam a manter o equilíbrio entre as necessidades dos filhos e as necessidades pessoais de Elis. Ela utiliza planilhas de organização e escalas para garantir que cada filho receba a atenção necessária, enquanto também reserva tempo para cuidar de si mesma. Elis enfatiza que cuidar da própria saúde física e mental é fundamental para ser capaz de cuidar bem dos outros.
Dentro dessa filosofia, a espiritualidade também ocupa um lugar central. Elis encontra força e orientação em sua fé, e acredita que essa conexão espiritual a ajuda a enfrentar os desafios com mais serenidade e resiliência. A filosofia "Bem Me Quero" não é apenas uma abordagem prática, mas também uma fonte de inspiração e força interior, que permite a Elis manter a esperança e a determinação diante das dificuldades.
Elis Medeiros combina o suporte de terapias profissionais, a força das comunidades de apoio e uma filosofia de vida equilibrada para criar um ambiente positivo e de crescimento para seu filho Miguel e para toda a sua família. Seu relato é um testemunho poderoso de como a combinação de recursos profissionais e pessoais pode fazer uma diferença significativa na vida de uma criança com necessidades especiais.
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